segunda-feira, 2 de novembro de 2009

ROSAS BRANCAS




Agora,

No jazigo onde dorme

O mármore fúnebre do outono

Empalidece-me o olhar esquálido

E o tinir dos sinos murmura lânguido,

Ouço-o dos labirintos inatingíveis do eterno;


E cabisbaixo

Choro as verdes lágrimas da esperança,

Gota por gota

Jorra ao chão da liberdade...



Agora,

Também por todas outras lápides

Descansam tantos outros bravos

(Povos de toda Humanidade)...

Que criaram filosofias

E nelas vivem hoje a Eternidade!



Agora,

Vive no descanso pleno,

Pois da semente deixada

Faremos dela rosas

E as chamaremos:


(Rosas Brancas)!!...



In Memorian
Tancredo Neves



Élsio Soares