Manhãs desérticas,
tardes féticas
que emprobecidas
navegam no abismo
daquela menina
que se entrega à cola.
E a cidade quase toda nua
espera a noite
se perder na vida;
e pelas ruas a vadiar,
as folhas
secam na frieza daquela pessoa
envolta em um hálito fúnebre,
se perdendo como sombra:
Sem comer...
Sem beber...
Sem sequer
ser amparada na terra
que apenas há de comê-la
Élsio Soares