sábado, 7 de novembro de 2009

O SONO DAS ALMAS



Todos mortalizados pela noite
Camuflam no suícidio dos corpos.


Nenhum espírito

desampara as carnes


Sai solitário, senta-se

no madrugal e embriaga-se!


Nenhuma alma

Está solta na estrada

Seguindo as setas,

Sem pernas...


Sem olhos!


Enlouqueço no meu Karma!


Separo meus lados:

Corpo esquálido

Esquálida alma.


Ele imobilizado

Atenta-se ao fluido da irmã


Solitária


Prestes a adormecer no espaço...


Enlouqueço no meu Karma!


Tomo o corpo nos

braços da minha própria alma


E adormeço!




Élsio Américo Soares