Ontem,
a lágrima da aranha
gotejou da agulha,
o veneno fiel
hipnotizou a ferida.
(sangrou)
(sangrou),
fez no coração da menina,
o primeiro amor...
Setenta anos depois...
O novelo da lã,
o carretel de linha,
teceram a derradeira
lágrima na anciã...
Que clama:
Pelo primeiro amigo,
único companheiro
e verdadeiro Amor!
E ainda chama...
E chama...
Após cem anos,
do fio da meada embaraçada,
haverá de gotejar uma lágrima
e arranhar os olhos da Matriarca...
[... e presa na arca, uma aranha ainda tece
sem nenhuma pressa a foto daquela mulher!]
Élsio Soares
gotejou da agulha,
o veneno fiel
hipnotizou a ferida.
(sangrou)
(sangrou),
fez no coração da menina,
o primeiro amor...
Setenta anos depois...
O novelo da lã,
o carretel de linha,
teceram a derradeira
lágrima na anciã...
Que clama:
Pelo primeiro amigo,
único companheiro
e verdadeiro Amor!
E ainda chama...
E chama...
Após cem anos,
do fio da meada embaraçada,
haverá de gotejar uma lágrima
e arranhar os olhos da Matriarca...
[... e presa na arca, uma aranha ainda tece
sem nenhuma pressa a foto daquela mulher!]
Élsio Soares